Saturday, March 04, 2006

Na Guerra da Comunicação - Parte I
Na minha cabeça sinto velocidade, transformação, actualização e instabilidade; luzes urbanas a distenderem-se pelos vários países do mundo; instantes de informação e ideias cospidas de infinitos pontos do globo sem um receptor amigo.
Onde estão os pombos correio? E o descanso matinal onde sós, conversavamos com as árvores ou os melros dos gerânios primaveris?
Pois intimamente vou transformando a realidade numa selecção de visões mais abstratas e simples. Ignoro os restantes fragmentos da realidade que desconheço, que não posso entender ou simplesmente não me interessam.
O exagero dos processos humanos nas ruas, os diálogos da sociedade sem cordas vocais parecem atingir-me timidamente ao longo dos dias, ao longo dos anos tornando-se numa guerra invisivel contra as minhas certezas, a minha aprendizagem, e o sincero caminho.
Como esclareceria Beethoven a sua música neste século? O próprio amor parece duvidar-se da sua essência, o próprio caminho das coisas simples distorcem-se em matérias estranhas que se guardam para sempre nos nossos sonhos. A história do bom e do mau parece não encaixar bem nesta história do mundo confuso e subjectivo. Torna-se para mim mais importante acreditar.
Só assim poderemos curar "o medo de existir" não?

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