Um Novo “Let it be”
Será a textura da liberdade de hoje tão plácida e pura como a famosa liberdade cantada pelos movimentos dos anos 60? Conquistada por escravos de tantos séculos?
Será a textura da liberdade de hoje tão plácida e pura como a famosa liberdade cantada pelos movimentos dos anos 60? Conquistada por escravos de tantos séculos?
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Será que seguramos com as duas mãos, a alma e o coração toda um palavra - liberdade - que sempre acompanhou a evolução do homem?
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Como irá a cultura pós-materialista autorenovar a forma como existimos no mundo e como o valorizamos?
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E o nosso pensamento? Ou o nosso sentimento? Como podem eles existir neste séculoXXI?
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Nas últimas décadas assistimos a uma alteração da nossa cultura. Com a revolução industrial e as Grandes Guerras estabeleceu-se uma visão materialista da vida. A cultura materialista foi transformando assim a sociedade introspectiva numa mais extrovertida.
Mas com a globalização e os diversos avanços políticos inicia-se uma nova fase da vida moderna. Alguns valores vão sendo renovados enquanto outros novos surgem. A cultura pós-materialista dá os seus primeiros passos.
Se antes o materialismo baseava-se essencialmente no prazer de cada um desfrutar a sua própria vida- uma necessidade natural surgida da grande depressão após a II Guerra- hoje o novo materialismo é mais filantropo tendo em vista a harmonia de toda a sociedade. As diversas medidas políticas internacionais exaltam a saúde, o ambiente, o planemento urbano, a bioética, uma educação de qualidade debruçada no respeito, equilíbrio, igualdade e cidadania.
A nossa preocupação pela saúde da comunidade e do planeta define um pouco da nossa liberdade social- uma liberdade mais refletida e pensada.
Contudo, uma sociedade em constante actualização e conflito reflete-se no próprio pensamento de cada indivíduo dificultando a sua estabilidade e coerência. Um clima de confusão, de hipocrisia natural e de recolhimento são a protecção encontrada face este problema.
Neste ponto a liberdade sofre uma grande distorção. A liberdade individual que valoriza a nossa existência e é um importante motor de evolução de planos e sonhos começa a não ter espaço para viver nos diversos espaços sociais. Toda a espiritualidade da vida e paixão que daí advém são intimamente guardados ou esquecidos, autocensurados para que não sejamos também alvos do enorme e confuso mundo em ebulição.
Parece-me pois que a liberdade tão bem conquistada ao longo de uma história de lutas vai-se decompondo em diferentes espaços. È tudo um problema de comunicação e relação entre as nossas liberdades.
Não nos adaptamo-nos ao Mundo.
Com efeito, adaptamo-nos sim e a todo o custo, à própria adaptação.
Assim Nunca foi tão importante ouvir como hoje o “Let it be”. Um brinde a esta canção!
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