Thursday, May 25, 2006

ENSINAR A APRENDER... ENSINAR A OLHAR...

A globalização tem vencido sobre a população. Os mais jovens são os principais alvos e parecem inertes frente a um mundo gigante e poderoso. E não estão preparados para vencer. Precisamos de lhes dar armas.
Não é a pedagogia de transmissão de conhecimento do ensino clássico que os vai ajudar a criar as bases que necessitam para jogar de igual para igual contra um planeta exigente, veloz e poderoso. Ao nível da educação alimentar verificamos pelos dados estatisticos que os resultados custam a surgir... Pois então não devemos ir por aí.

Idealmente, não pretendo avaliar ou informar nutricionalmente um jovem. Prefiro ensiná-lo a avaliar-se; abrangendo não só a área da sua saúde como toda a sensibilidade para o mundo que o rodeia e para o individuo que ele é. Prefereria ajudá-lo a aprender, a acreditar, a criar um espirito crítico, a agir sobre o mundo, fortificar a sua pessoa contra o perigo de fora e constante.
Isto porque a peste negra deste século é um conjunto de várias doenças. Conjunto a que dou o nome de doença global em que o espirito jovem e em desenvolvimento sofre uma invasão de um outro tipo de microorganismos-
Estes microorganismos inatos e que são simplesmente as infinitas caracteristicas do nosso mundo podem criar confusão, descrença, pouca autoconfiança, falta de amor próprio nos mais desprotegidos- importante ajudar pois a desenvolver um bom sistema de protecção e equilibrio e combater o sistema imunodeprimido!

Todo este clima de confusão num mundo veloz torna-os mais frágeis e mais inertes: inércia física e/ou psicológica- logo rendemo-nos ao fácil prazer como compensação. A classe média-baixa é a mais afectada. Em média a educação da família nestas classe apoiará menos correctamente a criança no seu crescimento.
Um dos vários sintomas da chamada doença global são as doenças associadas à alimentação e ao comportamento como a obesidade,...(excluo as do foro genético) aqui a nossa importancia.

Utopicamente falando imagino que uma educação que consiga apoiar os jovens, uma educação que trabalhe de forma dinâmica, não na escola mas onde toda a vida decorre, encaminhando os jovens à descoberta do que eles são como cidadãos e não como "reclusos" ou "sem amor próprio" poderá ter sucesso. Uma formação contínua e amiga para pequenas turmas em que o formador tenta entender o mundo complicado de cada um e o ensina a descobrir o mundo ambiental, o mundo da saude ( a nossa área), o mundo da cidadania- educar a sensibilidade.
Neste caso o formador podem ser vários especialistas de várias áreas que formem uma equipa.

O nutricionista formador pode ensinar imenso num shopping ou num supermercado. Pode ensinar os jovens a jogar com a sua alimentação, a encontrar o prazer da actividade fisica e as suas vantagens.
Ao mesmo tempo seria necessário facilitar o acesso a uma boa alimentação, a uma informação de qualidade. aqui as escolas e os media devem ter refletir sobre isso. Afinal a aprendizagem surge da criação de hábitos e estes muitos pouco se devem ao que acontece dentro de uma sala de aula
Volto então a repetir: julgo ser mais importante ensinar os jovens a autoavaliarem-se do que eu fazer uma análise alimentar pormenorizada. Juntamente, terem fácil acesso a novos hábitos permite-nos optimizar essa educação.

2 Comments:

At 10:02 PM, Blogger Páris said...

Para o Ministério da Educação deixo o preço virtual do seu actual sistema:

A educação de hoje é a produção do amanha;
A educação de hoje é a saude da população do amanhã.
POde ser um novo espirito, um novo sucesso. Tudo depende do que fizermos agora.
Logo, uma educação que incuta nos jovens outra sensibilidade, outros hábitos, isso refletir-se-á no futuro da sociedade...
Com certeza que um investimento numa diferente educação com outra pedagogia compensará todos os encargos de hoje pois amanhã as novas gerações recompensarão com a sua qualidade...e assim o nosso país terá qualidade.

 
At 9:27 AM, Blogger Pedro Graça said...

Caro João,

Essa forma de actuar encontra-se bem exposta nos conceitos de psicanálise. Em todo o caso encontrará várias alusões a essa abordagem nas revistas de educação alimentar e de comportamento alimentar. Pode até ser um projecto bem interessante para um estágio coma ajuda da psicologia.

Recordo que 31 de maio é a data limite para colocarem os vossos materiais para avaliação podendo continuar depois,obviamente.

PG

 

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